Adesão aos testes rápidos cresce no país
Em tempos de pandemia causada pela Covid-19, os testes rápidos de farmácia têm se tornado alternativa para identificar a presença de anticorpos no organismo, servindo até mesmo para aqueles que não apresentam sintomas da doença. Desde junho, o número de testes vem aumentando progressivamente e, no recorte dos dias 22 a 28 do último mês, quase 50 mil pessoas realizaram o procedimento nas farmácias.
Ao todo, 1082 farmácias oferecem o serviço no Brasil, com a maioria localizada no estado de São Paulo e em Minas Gerais. Os dados foram revelados pela Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que usou como base 196.529 testes aplicados até o último dia 05 de julho.
Números coletados de 28 de abril e 28 de junho mostram que São Paulo lidera a lista de testes rápidos com 51.517. Se olharmos para o estado com o maior número de infectados proporcionalmente ao número de testes, a liderança fica com o Amapá (36%). Na contramão está outro estado da região norte e o menos populoso brasileiro. No Tocantins, dos 292 testes feitos, 278 apontaram o resultado negativo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou uma série de produtos classificados para a realização de testes rápidos, mas salienta que cada produto é único e possui limitações de uso e desempenho. Existe ainda um programa de monitoramento que mede a precisão dos produtos que estão sendo colocados para consumo, em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz).
O teste rápido identifica se a pessoa já teve ou não contato com o vírus e passa a ser eficiente a partir do sétimo dia de sintomas de uma pessoa infectada. No entanto, de acordo com os produtos registrados na Anvisa, os resultados têm aparecido a partir do 10º dia. Vale ressaltar ainda que o teste rápido não é o diagnóstico definitivo da presença ou não da Covid-19 no organismo e que a confirmação deve ser feita por ensaio molecular (RT-PCR).
Ou seja, por mais que o teste de farmácia acuse como negativo, a recomendação é de que o paciente se mantenha em isolamento por 14 dias após o início dos sintomas, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao profissional de saúde que aplica o teste, o uso de EPI específico é obrigatório para proteção própria e das demais pessoas. No caso do paciente, o procedimento segue o mesmo para qualquer situação fora do ambiente domiciliar: distanciamento social, uso de máscara e álcool gel.
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