Farmacêuticos receberão prioridade em testes do coronavírus

Por estarem mais vulneráveis a ter contato com pessoas e objetos contaminados, os profissionais farmacêuticos terão preferência em testes que indicam a presença da Covid-19. Além do trabalho diário, a categoria tem sido importante ao fornecer os chamados testes rápidos, capazes de identificar a presença de anticorpos contra a doença causada pelo coronavírus.

A medida, na verdade, é uma lei federal (14.023/20) que foi sancionada na última semana e contempla uma série de atividades e profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e também à manutenção da ordem pública, como médicos, bombeiros, policiais, agentes de saúde, dentre outros.

A implantação da lei visa orientar, em caso de positivo para o vírus, o afastamento instantâneo desses profissionais que atuam na linha de frente da doença. Desse modo, eles podem realizar o tratamento de maneira segura e impedir a transmissão para outros colegas, garantindo a suficiência da demanda e a queda na curva de contágio.

Ainda de acordo com o texto da lei, poder público e empregadores devem garantir medidas que preservem a saúde de todos os profissionais essenciais, além do fornecimento, de modo gratuito, dos equipamentos de proteção individual necessários para cada uma dessas atividades sancionadas.

Atualmente, o Brasil possui mais de 221 mil profissionais farmacêuticos, distribuídos em 135 especialidades. De acordo com dados da Abrafarma, até o início de julho, mais de 196 mil testes para identificar a presença do vírus foram realizados por farmacêuticos em contato direto com pacientes, por meio da coleta de sangue com furo na ponta do dedo.

Ozonioterapia: Conheça o procedimento.

IBras, em parceria com o Instituto Revolution, oferece curso sobre a técnica de ozônio para profissionais da saúde

O Brasil convive há mais de oito meses com os efeitos causados pela Covid-19, infecção viral que ainda não possui vacina e tem estimulado esforços clínicos para amenizar seu efeito no organismo. Nesse sentido, além do uso de medicamentos que buscam erradicar a doença, tratamentos alternativos começam a ser testados. Um deles, que chegou ao conhecimento público nacional pelo tom jocoso, é a ozonioterapia.

A base para entender a funcionalidade do tratamento é a molécula de oxigênio (O2) desestabilizada, ou seja, quando se separa em átomos e é reagrupada resultando em ozônio (O3). A nova molécula formada auxilia na oxigenação das células, tecidos e órgãos do corpo, sendo responsável também pela redução da inflamação de um organismo.

Indo além, seus efeitos positivos podem ser encontrados em até 250 patologias, de acordo com a Dra. Roselaine Muner, especialista em dermato funcional, cosmetologia clínica e aplicada à estética, acupuntura e procedimentos invasivos não cirúrgicos. No IBras, você pode realizar o curso e ter o conhecimento para pôr em prática a ozonioterapia.

“Um corpo normal precisa entre seis e oito libras de oxigênio todos os dias, e se o fornecimento de oxigênio pela corrente sanguínea a qualquer célula for impedido, causa a morte dos tecidos na área que é privada de oxigênio, o que chamamos de hipóxia”, explica a doutora, indicando a necessidade do tratamento com ozônio para a ativação de enzimas que estimulem a capacidade antioxidante.

O uso da molécula é conhecido também para estimular a circulação sanguínea, regular o metabolismo e alterações em indicadores patológicos, como glicose, creatinina, hemoglobina, proteína totais, colesterol, triglicerídeos, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubina, dentre outros.

Atualmente, o O3 tem sido debatido para tratar o novo coronavírus no Brasil, inclusive com reunião de defensores da prática com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello. A notoriedade ocorreu após repercussão pela sugestão do prefeito Volnei Morastoni de Itajaí, Santa Catarina, que teria sugerido a aplicação retal do ozônio no combate à doença.

“Existem vários estudos em andamento. Na Itália, os profissionais fizeram uso do ozônio nos pacientes internados e o resultado foi maravilhoso. A aplicação foi feita via sangue, e a proposta da ABOZ (Associação Brasileira de Ozonioterapia) é de que uma das vias de aplicação seja retal”, pontua a especialista.

Apesar de estar em evidência agora, a percepção da molécula existe desde os gregos antigos e índios da América do Norte, que relacionavam a boa pesca com o odor produzido por relâmpagos – que causavam a liberação de ozônio no mar. Já a classificação da molécula como um gás aconteceu em 1840, por Christian Frederick Shönbein, que dava descargas elétricas na água e nomeou o odor característico de Ozon. 13 anos mais tarde, Werner Von Siemens foi considerado o primeiro a utilizar o ozônio para fins terapêuticos.

Como se habilitar?

Para trabalhar com esse procedimento, é necessário habilitação. Profissionais de enfermagem, farmácia, biomedicina, odontologia, veterinária e medicina (esses dois últimos de forma experimental) podem conseguir junto ao seu conselho de classe liberação para prescrever, utilizar, complementar e experimentar o tratamento de ozônio de acordo com a atividade exercida.

Segundo a Dra. Roselaine, trabalhar com ozonioterapia traz benefícios tanto pessoais, quanto financeiros: “É bom para ver a felicidade dos pacientes com o resultado e, além disso, é mais uma especialidade para os profissionais que poderão ter uma boa renda financeira. Porque, diferente das outras especialidades, a ozonioterpaia se vende sozinha e o investimento não é tão alto”, diz.

Por isso, em parceria com o Instituto Revolution, o IBras oferece um curso completo que envolve tudo o que influencia a técnica do ozônio, como a prescrição para farmacêuticos através do cuidado com a via sistêmica e ingestão de ortomolecular e nutracêuticos. O curso será dividido em sete módulos: (1) Ozônio, (2) Ozônio e Estética, (3) Modulação intestinal, (4) Nutracêuticos e Ozônio, (5) Coleta e interpretação de exames, (6) Aula prática presencial e (7) Estágio em clínica. O conteúdo de aprendizagem também contempla associações de técnicas, como aplicação para dor em pontos de acupuntura e uso da ventosa com ozônio.

Conheça mais sobre o curso de Ozonioterapia no site. Matrículas abertas para todo o Brasil: http://ibras.com.br/cursos/ozonioterapia/

Adesão aos testes rápidos cresce no país

Em tempos de pandemia causada pela Covid-19, os testes rápidos de farmácia têm se tornado alternativa para identificar a presença de anticorpos no organismo, servindo até mesmo para aqueles que não apresentam sintomas da doença. Desde junho, o número de testes vem aumentando progressivamente e, no recorte dos dias 22 a 28 do último mês, quase 50 mil pessoas realizaram o procedimento nas farmácias.

Ao todo, 1082 farmácias oferecem o serviço no Brasil, com a maioria localizada no estado de São Paulo e em Minas Gerais.  Os dados foram revelados pela Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que usou como base 196.529 testes aplicados até o último dia 05 de julho.

Números coletados de  28 de abril e 28 de junho mostram que São Paulo lidera a lista de testes rápidos com 51.517. Se olharmos para o estado com o maior número de infectados proporcionalmente ao número de testes, a liderança fica com o Amapá (36%). Na contramão está outro estado da região norte e o menos populoso brasileiro. No Tocantins, dos 292 testes feitos, 278 apontaram o resultado negativo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou uma série de produtos classificados para a realização de testes rápidos, mas salienta que cada produto é único e possui limitações de uso e desempenho. Existe ainda um programa de monitoramento que mede a precisão dos produtos que estão sendo colocados para consumo, em parceria com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz).

O teste rápido identifica se a pessoa já teve ou não contato com o vírus e passa a ser eficiente a partir do sétimo dia de sintomas de uma pessoa infectada. No entanto, de acordo com os produtos registrados na Anvisa, os resultados têm aparecido a partir do 10º dia. Vale ressaltar ainda que o teste rápido não é o diagnóstico definitivo da presença ou não da Covid-19 no organismo e que a confirmação deve ser feita por ensaio molecular (RT-PCR).

Ou seja, por mais que o teste de farmácia acuse como negativo, a recomendação é de que o paciente se mantenha em isolamento por 14 dias após o início dos sintomas, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao profissional de saúde que aplica o teste, o uso de EPI específico é obrigatório para proteção própria e das demais pessoas. No caso do paciente, o procedimento segue o mesmo para qualquer situação fora do ambiente domiciliar: distanciamento social, uso de máscara e álcool gel.

Farmacêutica ressalta importância da farmácia clínica na atenção básica

Ser farmacêutica clínica rendeu bons frutos no campo acadêmico e  profissional para Nayanne Lara de Lima. Atuante na área de saúde mental, do município de Murici/AL, ela relata a importância da assistência farmacêutica na atenção básica. Nayanne é farmacêutica há quatro anos e especialista em saúde mental, especialista em farmácia clínica e pós-graduanda em farmácia hospitalar.

Na última semana, a farmacêutica teve seu artigo aceito no I Congresso Norte-Nordeste de Saúde Pública. O trabalho é fruto do TCC da especialização oferecida pela Faculdade Cathedral, em parceria com o IBras. “Ressalto a importância do incentivo dos docentes da instituição na produção de trabalhos e em publicações de trabalhos científicos; a pós me ajudou bastante no meu dia a dia de trabalho, me proporcionou conhecimentos práticos e científicos”, afirma.

Nayanne atua no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Murici. Durante a pandemia, ela realiza o atendimento de forma individual, na instituição e em visitas domiciliares, seguindo todos os critérios de proteção, para garantir que o usuário continue com o acompanhamento farmacoterapêutico.

A orientação é voltada diretamente para o paciente e sua farmacoterapia e também por atividades terapêuticas, visando a orientação coletiva dos usuários e familiares. “O farmacêutico clínico tem um papel fundamental na saúde mental, onde realiza ações e orientações ao usuário com transtorno mental, seus familiares ou cuidadores a respeito dos psicofármacos, tendo a política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) como um dos pilares no tratamento deste usuário”, explica. A PNAF compreende um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva e coloca o medicamento como insumo essencial.

Em 2019, Nayanne participou da capacitação em assistência farmacêutica para profissionais do SUS, no centro de simulação realística do Albert Einstein.

Seu artigo acadêmico também aborda a importância da assistência farmacêutica na atenção básica. Por meio da revisão de literatura, qualitativa e narrativa da farmácia clínica, Nayanne observou que boa parte dos municípios brasileiros sofre com o desabastecimento de medicamentos essenciais para a população. “A assistência farmacêutica é caracterizada por não ser estritamente o serviço de distribuição e/ou entrega de medicamentos e sim a compreensão de um conjunto de procedimentos que são essenciais para a promoção, prevenção e recuperação da saúde”, explica.

A farmacêutica ressalta que o profissional possui papel crucial nesta assistência, assegurando que ele é o único profissional da equipe de saúde que possui a sua formação técnica-cientifica com fundamentação na articulação de conhecimentos. “O farmacêutico exerce um papel fundamental na saúde pública, prestando um serviço de qualidade à população. É um profissional aliado às informações sobre o uso adequado e segurança do paciente na utilização de medicamentos”, completa.